
Vou comprar um imóvel, e agora? Muitas pessoas acabam descobrindo que adquirir um imóvel não é tão simples assim no momento da compra sem um planejamento prévio.
Comprar a casa própria é o sonho de consumo de muitos brasileiros. Mas, para realizá-lo, é necessário aprender a poupar e fazer um bom planejamento antes de entrar num financiamento que pode durar 30 anos e comprometer até 30% da renda durante esse período.
Afinal, para dar entrada na maioria dos financiamentos é preciso ter 20% do valor do imóvel em mãos. Isso significa R$ 50 mil para um financiamento de R$ 250 mil, R$ 100 mil num financiamento de R$ 500 mil.
Veja, a seguir, 10 dicas para se planejar financeiramente para a compra da casa própria:
1) Poupe até obter 20% do valor do imóvel. O primeiro passo é juntar dinheiro para dar a entrada no financiamento, já que a maioria das linhas de crédito permite financiar até 80% do valor do imóvel. O dinheiro deve ser guardado numa aplicação de pouco risco, como poupança ou fundos de renda fixa.
2) Poupe 30% da sua renda. Dessa maneira, o futuro comprador já se acostuma a viver sem essa parcela de seu orçamento, que estará comprometida por até 30 anos, dependendo do prazo do financiamento.
3) Quanto mais poupar, menos vai pagar de juros. Com uma boa entrada, o valor financiado será menor, reduzindo o pagamento de juros.
4) Cuidado se estiver em início de carreira. Há momentos em que é melhor aguardar um pouco para comprar a casa própria. Um exemplo é o profissional em fase de ascensão, sujeito a viagens e mudanças de cidade ou até mesmo de país. “Nesse caso, comprar um imóvel pode limitar a capacidade profissional.”
5) Quem casa quer casa? Começar uma vida nova no casamento e assumir um financiamento alto por um longo período são duas situações muito estressantes. Outro fator a ponderar é se o casal pretende ter filhos. Comprar um imóvel pequeno pode significar ter de se mudar em pouco tempo
6) Se mora com os pais, aproveite a folga financeira para poupar. Ainda que os pais não queiram, o jovem deve se planejar para dar entrada em um imóvel em três ou quatro anos. É recomendado que o jovem se ofereça para pagar algumas contas da casa dos pais, para ir se acostumando aos novos custos que terá quando morar na casa própria.
7) Considere que a casa traz despesas adicionais. O financiamento do imóvel pode comprometer até 30% da renda. Porém, com uma casa chegam também as contas de água, luz, telefone, IPTU, seguro, condomínio, os gastos com alimentação. São muitas despesas para as quais o futuro proprietário precisa estar preparado financeiramente.
8) Poupe dinheiro para as despesas de escritura e documentação. Além dos papéis do banco, o comprador também terá de pagar o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), cuja alíquota varia segundo o município; custos do registro de imóveis e do próprio financiamento, como avaliação do imóvel; análise da documentação, entre outros. Esses gastos costumam representar 4% do valor do imóvel.
9) Avalie o custo de vida da região que vai morar. A vizinhança influencia diretamente em seu orçamento. Viver na periferia ou numa região sofisticada resulta numa grande diferença de gastos com alimentação, vestuário e transporte. Considere esse custo.
10) Financiar com o maior prazo. Mesmo que a capacidade de pagamento comporte um prazo menor de financiamento, por cautela, opte por um financiamento de prazo mais longo, pois a situação de redução de renda poderá ser administrada de forma mais tranquila. O prazo mais longo acarretará em um valor maior, mas sempre poderá ser feito abatimento no saldo devedor. Por outro lado, não é possível aumentar o prazo para diminuir o valor das prestações, depois de fechado o contrato do financiamento;